sábado, 16 de agosto de 2014

Das boas lembranças que a gente deve guardar...

Eu lembro a gente chegando cedo pra trabalhar, passava no mercado pra comer chocolate e iogurte,
andava horrores pra passar o tempo até a hora de ir, fumando cigarro de menta no banquinho da praça.
Rindo sem parar de alguma maluquice minha. Ah, o tempo... vontade de voltar lá e fazer tudo de novo!
Lembro com saudade, de quando a gente "sequestrava" os bifes de molho madeira das crianças e cada um tinha sua parte, cada um contribuindo para o plano perfeito, e por fim, ninguém passava fome! E era risadas pro resto do dia, da noite...Porque? Porque as coisas se vão? Porque alguns momentos não podem ser congelados e revividos quando a gente tem saudade? Eu queria poder reviver aqueles dias em que eu enchia os meus bolsos da farda, de chocolate, brigadeiro, queijadinha, picolé e voltava pra casa com munição de sobra! Tenho saudade até do cheiro de fritura misturado com pantene, que grudava no meu cabelo até o outro dia... E os dias de chuva? Ah, delícia! Chegar encharcada, morrendo de fome e fazer o cachorro quente sagrado de todos os dias. A saudade é tão imensa, que até das desavenças e piadinhas baratas que aquelas "queridas" faziam conosco, hoje, eu penso: "que besteira!" e bate uma saudadezinha de pirraçar também...
São tantas lembranças que não sei como descrevê-las, mas todas são especiais demais e estão guardadas com muito carinho no meu coração e na minha memória.
Daria pra escrever um livro de mais de mil páginas só dessa fase da minha vida. Aquele tempo tão louco, tão corrido, tão feliz. Ah, que saudade.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Família

Às vezes é como uma lamina, que fere sem querer...
Às vezes como uma briga de desconhecidos, que fere por querer...
Dói dos dois modos. Dói duplicado porque a gente ama,
mas não suporta os preconceitos, os julgamentos.
Às vezes é como uma pedra no sapato,
um sufoco que afunda, e a gente não percebe.
Uma lágrima no olho que escorre, um olhar baixo, inquieto,
um aperto no coração e cabeça que gira e os lábios
que disparam todas as palavras que jamais ousamos dizer
em nenhum momento.
Às vezes é como uma corda no pescoço, uma faca no coração...
Mastiga, rasga, fere...
As palavras voam sem você perceber, e no minuto seguinte, você
bota pra fora vinte anos de prisão.
Podemos amá-los para sempre. Mas é preciso libertar-se!
Liberte-se!

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Viajar...

É como se eu fosse o mundo inteiro...
Cada hora que passava, deslizava em mim...
Uma mistura de sentimentos, de uma saudade
que eu já sentia, mesmo ainda vivendo o sonho...
uma vontade de ser aquilo para sempre, 
de não acordar pra essa realidade de agora.
De viver daquele tamanho, de sair por aí
sem saber direito onde se está indo,
e se perder nas ruas desconhecidas,
e rir até o céu... 
É como se eu pudesse voar...
cada movimento leve, e o pensamento leve...
sem se preocupar com o segundo seguinte...
apenas flutuar na cadência das horas...
e ser feliz sem parar...