quinta-feira, 21 de março de 2013

O quê?

e quando não se tem sono...
mas tem boas ideias
e um monte de amor pra dar na praça...
o que se faz?

Sinceridade sempre...

e porque amor não é bobagem
e porque não se deve ter medo de dizer que ama
e parecer meio bobo...
todo mundo é meio bobo...
amando ou não.

meditando na madrugada

A noite vem
menos meu sono...
onde está?
por onde andará meu pensamento?
dentro de alguma música bonita?
é provável
mas por onde ando eu?
queria me encontrar... e te encontrar...
seria bom um reencontro sem o primeiro encontro.

eu queria poder ver melhor... mas eu sinto tudo...

adoro o jeito como você faz a barba
e como você corta o cabelo, e o shampo que você usa
e como você franze a testa e aparece os pés de galinha
e quando você conversa e dá um meio sorriso
e quando você fala manso, suplicando alguma presença misteriosa da vida
adoro suas pernas tortas andando na rua sem pressa
e os seus olhos azuis cintilantes varrendo a madrugada de algum bar em algum país distante
e adoro o modo como você canta (en) cantando a todos
e sua timidez tão meiga
e sua voz...
ahhhh, sua voz!
como que ama tanto alguém assim a ponto de largar tudo e ir morar em outro país?
e passar zilhões de vezes na mesma rua durante mais de um ano, só pra talvez (quem sabe) ter um encontro casual...
como pode uma pessoa imaginar tudo isso e fazer depois?
como pode?

é amor, oh god!

quarta-feira, 13 de março de 2013

a luz da minha vida...

Coragem é quando você necessariamente não vê, 
mas no seu coração você sabe, 
e esse saber torna-se uma luz com a qual você consegue enxergar.
|Anthea Church|

terça-feira, 5 de março de 2013

*

A alma é uma coleção de belos quadros adormecidos, os seus rostos envolvidos pela sombra. Sua beleza é triste e nostálgica porque, sendo moradores da alma, sonhos, eles não existem do lado de fora. Vez por outra, entretanto, defrontamo-nos com um rosto (ou será apenas uma voz, uma maneira de olhar, ou um jeito da mão...) que, sem razões, faz a bela cena acordar. E somos possuídos pela certeza de que este rosto que os olhos contemplam é o mesmo que, no quadro, está escondido pela sombra. O corpo estremece. Está apaixonado.
Acontece, entretanto, que não existe coisa alguma que seja do tamanho do nosso amor. A nossa fome de beleza é grande demais (...) Cedo ou tarde descobrirá que o rosto não é aquele. E a bela cena retornará a condição de sonho impossível da alma. E só restará a ela alimentar-se da nostalgia que rosto algum poderá satisfazer...


Rubem Alves