quinta-feira, 17 de junho de 2010

A história de Luna & Apolo

Quando a saudade aperta, eu corro pra vitrola.
Rapidamente..
Incontrolável  essa  minha vontade de ouvir sua voz.
Não sei porquê mas acho que perdi a razão tentando achar uma razão
para as minhas mentiras verdadeiras e bobas..
"E no momento em que se confessa a precisão, perde-se tudo, eu sei"
Foi isso mesmo que aconteceu. Lamentável!
Minha cara amarela lamentável no espelho. Meu olhar despedaçado a te olhar do outro lado da vida, lamentavelmente. É isso! Você não entende, mas eu compreendo. É extremamente complicado o amor entre marcianos e terráqueos. Mas eu sei que não é impossivel. Eu sei, é incrivel! Eu posso te dizer, com toda a vericidade da palavra, sincera e honestamente, em alto e bom som que, EU TE AMO!
Mesmo que isso não valha de nada, mesmo que me expor dessa maneira seja triste ou vulgar, eu posso dizer, se você, pelo menos, puder me ouvir ou sentir de alguma forma - não sei qual, mas deve existir. telepatia, talvez - que tudo foi real e autêntico.
Tão sublime quanto comer chocolate com coca-cola.
Tão transcendental quanto ouvir a mesma melodia
tendo o mesmo - esplêndido - pensamento!

°°°
Até um dia, até talvez, até quem sabe...

Beijo meu!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Où êtes-vous ?


Comecei a andar mais depressa para encontrar aquela voz, e por falar em você, razão de viver, você bem que podia me aparecer, e eu sempre tivera certeza que, desde o inicio, embora tudo continuasse a ser somente loucura, vontade de voar, eu nada tinha a perder perseguindo uma canção, razão de viver.


Caio Fernando Abreu

sábado, 12 de junho de 2010

O dia em que Júpiter encontrou Saturno


- Você tem um cigarro?
- Estou tentando parar de fumar.
- Eu também. Mas queria ter alguma coisa nas mãos agora.
- Você tem uma coisa nas mãos agora.
- Eu?
- Eu.


Caio Fernando Abreu



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domingo, 6 de junho de 2010

Desmantelo Azul

Então pintei de azul os meus sapatos
Por não poder de azul pintar as ruas
Depois vesti meus gestos insensatos
E colori as minhas mãos e as tuas

Para extinguir em nós o azul ausente
E aprisionar o azul nas coisas gratas
Enfim, nós derramamos simplesmente
Azul sobre os vestidos e as gravatas

E afogados em nós nem nos lembramos
Que nos excesso que havia em nosso espaço
Pudesse haver de azul também cansaço

E perdidos no azul nos contemplamos
E vimos que entre nós nascia um sul
Vertiginosamente azul: azul.


[Carlos Pena Filho]




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